quarta-feira, abril 23, 2008

não VEJA a ética

A tão discutida ética jornalística atualmente gira em torno do Jornalismo Online. Discussões importantes no meio jornalístico, com os inúmeros erros das informações, notícias nos portais mais importantes do Brasil. Alguns jornalistas relevam esses erros e culpam o pouco tempo de apuração, mas como diz o código de ética :“ o compromisso fundamental do jornalista é com a veracidade dos fatos, razão pela qual ele deve pautar seu trabalho pela precisa apuração e pela correta divulgação” . O tempo não serve de desculpa. Além de infringir o código de ética tais erros relacionam o portal como mentiroso e a sua veracidade é posta em questão. É ruim para o jornalista e, também, para a pessoa que comanda o portal.

As discussões sobre a ética, tão voltadas ao jornalismo digital, às vezes, deixam passar questões pertencentes a televisão e ao meio impresso. Estas discussões não devem ser esquecidas, pois a ética tão comentada no jornalismo digital, deve perdurar nas outras mídias. O meio digital tem a vantagem da discussão, dos fatos ocultados pelos veículos dominantes serem colocados em pauta. É possível discordar, concordar, questionar livremente sobre a veracidade dos fatos. No meio impresso e televisivo não há a possibilidade de questionamentos, os assuntos são colocados a mesa e somos obrigados a engolir, muitas vezes a contra gosto, sem discussão. Conclusão a falta de ética neste meio é maior.

Como exemplo temos a revista Veja desta semana (23 de abril de 2008):

Na capa: Foram Eles! Remetendo ao pai e a madrasta da Isabella. (leia mais aqui)

Pronto! Não precisamos mais de polícia, investigações e do poder Judiciário ...A revista Veja já culpou-os sem uma acusação, sem provas oficiais.

Atenção! As discussões sobre ética devem ser seriamente investigadas neste meio. E não devemos esquecer do Artigo 5°, da Constituição Federal – "ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória”.

Um comentário:

Paulo Vilmar disse...

Carolina!
Chama-se Estado de Direito o que "ainda" vivemos...
Beijos